domingo, 15 de setembro de 2013

Carta de William Lynch

Neste texto vemos um método de controle de escravos utilizado há quase 300 anos. Sua eficácia parece ter sido realmente comprovada. ATÉQUANDO?

Virginia, 1712.

Senhores:
Eu saúdo vcs, aqui presentes nas beiras do Rio James, no ano de 1712 do nosso Senhor.
Primeiro, devo agradecer a vcs, senhores da colônia da Virgínia, por me trazerem aqui.
Estou aqui para ajudá-los a resolver alguns dos seus problemas com escravos.
O convite de vcs chegou até a mim, lá na minha modesta plantação nas Índias do Oeste onde experimentei alguns mais novos, e outros ainda velhos, métodos de controle de escravos.
A Antiga Roma nos invejaria se o meu programa fosse implementado. Assim que o nosso navio passou ao sul do Rio James, nome do nosso ilustre Rei, eu vi o suficiente para saber que o problemas de vcs não é único.
Enquanto Roma usava cordas e madeira para crucificar grande número de corpos humanos pelas velhas estradas, vcs aqui usam as árvores e cordas. Eu vi um corpo de um escravo morto balançando em um galho de árvore a algumas milhas daqui.
Vcs não estão só perdendo estoques valiosos nesses enforcamentos, estão tendo tb levantes, escravos fugindo, suas colheitas são deixadas no campo tempo demais para um lucro máximo, vcs sofrem incêndios ocasionais, seus animais são mortos. Senhores! Vcs conhecem seus problemas; eu não estou aqui para enumerá-los, mas para ajudar a resolvê-los!
Tenho comigo um método de controle de escravos negros. Eu garanto que se vc implementar da maneira certa, controlará os escravos no mínimo durante 300 anos. Meu método é simples e todos os membros da família e empregados brancos podem usá-lo. Eu seleciono um número de diferenças existentes entre os escravos; eu pego essas diferenças e as faço ficarem maiores, exagero-as.
Então eu uso o medo, a desconfiança, a inveja, para controlá-los. Eu usei esse método na minha fazenda e funcionou; não somente lá mas em todo o Sul. Pegue uma pequena e simples lista de diferenças e pense sobre elas. Na primeira linha da minha lista está “Idade”, mas isso só pq começa com a letra “A”. A segunda linha, coloquei “Cor” ou “Nuances”. Há ainda, “inteligência”, “tamanho”, “sexo”, “tamanho da plantação”, “status da plantação”, “atitude do dono”, “se mora no vale ou no morro”, “Leste ou Oeste”, “norte ou sul”, se tem “cabelo liso ou crespo”, se é “alto ou baixo”.
Agora que vc tem uma lista de diferenças, eu darei umas instruções, mas antes, eu devo assegurar que a desconfiança é mais forte do que a confiança e que a inveja é mais forte do que a adulação, o respeito e a admiração.
O escravo negro, após receber esse endoutrinamento ou lavagem cerebral, perpetuará ele mesmo, e desenvolverá esses sentimentos, que influenciarão seu comportamento durante centenas, até milhares de anos, sem que precisemos voltar a intervir. A sua submissão à nós e à nossa civilização será não somente total, mas também profunda e durável.
Não se esqueçam q vcs devem colocar o velho negro contra o jovem negro. E o jovem negro contra o velho negro. Vcs devem jogar o negro de pele escura contra o de pele clara. E o de pele clara contra o de pele escura. O homem negro contra a mulher negra.
É necessário qe os escravos confiem e dependam de NÓS. Eles devem amar, respeitar e confiar somente em nós.
Senhores, essas dicas são as chaves para controlá-los, usem-nas. Façam com que as suas esposas,  filhos e empregados brancos também as utilizem. Nunca percam uma oportunidade.
Meu plano é garantido e a boa coisa nisso é que se utilizado intensamente durante um ano, os escravos por eles mesmos acentuarão ainda mais essas oposições e nunca mais terão confiança em si mesmos, o que garantirá uma dominação quase eterna sobre eles.
 
Obrigado, senhores.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A História do Hino - Sou feliz com Jesus

Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Lamentações de Jeremias 3:21-24

Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Lamentações de Jeremias 3:21-24

Pensamento: Jeremias se encontrava em um estado muito difícil. A angústia de sua alma era muito grande a ponto de dizer que era homem que viu a aflição, sua pele envelheceu e seus ossos foram despedaçados, e sua situação agora era como se estivesse sob a mira de um arco e flecha que estão atingindo-o diretamente em seu coração.

Em um determinado momento ele pára seu lamento e diz as palavras que você acaba de ler acima.

Trazer à memória o que pode nos dar esperança é extremamente importante para o cristão. O fato é que as circunstâncias podem não estar boas, porém o simples fato de olhar as as misericórdias do Senhor, que se renovam a cada manhã, deve nos trazer esperança e alegria ao coração.

Horatio Gates Spafford foi um presbiteriano convertido a Cristo através do evangelista Moody (foi um grande evangelista e avivalista do séc 19).

Horatio se tornou um advogado prospero na cidade de Chicago, mesmo depois de seu sucesso financeiro, continuou mantendo um relacionamento estreito com Moody e com um profundo interesse pelas campanhas de evangelização. Tinha apurado gosto pela musica e era devotado ao estudo das Escrituras.

Meses antes do grande incêndio que atingiu a cidade de Chicago, em 1871, Horatio tinha feito pesados investimentos financeiros em uma área que foi totalmente destruída pelo fogo. Não bastasse esse terrível abalo financeiro, Spasfford passou por uma dolorosa perda de um filho. Esta morte trouxe grande sofrimento para toda a família.

O piedoso advogado, procurando um tempo de refrigério e descanso, resolveu viajar com a esposa e as 4 filhas para a Europa, onde se encontraria com Moody e Sankey em uma cruzada evangelistica na Inglaterra, em 1873.

Em novembro daquele ano, devido a inesperados compromissos de negócios, Spafford precisou permanecer em Chicago; mas ele enviou sua esposa e as suas 4 filhas conforme já estava programado no navio S.S. Ville du Havre.

Sua expectativa era seguir viagem dias depois. No dia 22 de novembro de 1873, o navio sofreu um acidente e naufragou em 12 minutos. Dias depois, os sobreviventes finalmente chegaram em Cardiff, no Pais de Galles, e a senhora Spafford mandou um telegrama ao seu marido: “SALVA, PORÉM SÓ”. Ele perdeu as 4 filhas de uma vez só.

Com toda essa angústia Horatio escreveu uma linda música buscando trazer a memória o que podia dar esperança a ele. A alegria eterna que ninguém e nada pode roubar foi expressa por ele na música que escreveu em meio a tudo isto:
Se paz a mais doce me deres gozar
Se dor a mais forte sofrer
Oh! Seja o que for Tu me fazes saber
Que feliz com Jesus sempre sou

REFRÃO: Sou feliz com Jesus Sou feliz com Jesus, meu Senhor
Embora me assalte o cruel Satanás
E ataque com vis tentações;
Oh! certo eu estou, apesar de aflições,
Que feliz eu serei com Jesus!
A vinda eu anseio do meu Salvador
Em breve virá me levar
Ao céu onde vou para sempre morar
Com os remidos na luz do Senhor
 
 
Por Alexandre Gonçalves

A miserabilidade do homem miserável

Gosto de Romanos 7:14-25. Dos textos da bíblia sagrada é o que descreve com maior veracidade a vida de um homem de Deus. O Apóstolo Paulo vivia uma profunda agonia, um profundo conflito interior expressado neste texto. Um conflito que eu conheço muito bem e acho que todo mundo que de alguma maneira tenta servir a Deus também conhece. Pode ser que alguém se levante e diga: com certeza é um Paulo não convertido que está falando. Mas um Paulo não convertido não falaria “Graças a Deus por Jesus Cristo!”. Desejar fazer a vontade de Deus e embora tendo o Espírito Santo habitando dentro de você mesmo assim não conseguir parar de pecar é algo assustador. Parece paradoxal até. Gosto do texto que ouvi certa vez (não me lembro do nome do autor), mas que define o que eu quero dizer:

“A miserabilidade do homem miserável origina-se da descoberta da sua contínua pecaminosidade e do conhecimento de que Ele não pode esperar libertar-se do pecado que nele habita, seu desagradável hóspede, enquanto permanecer no corpo mortal”

Assustador, não acha? É bem diferente do que estou acostumado a ouvir. Você odeia o pecado, odeia pecar mas simplesmente não consegue libertar-se do pecado. Com essa consciência de fragilidade em mente fica mais fácil entender a Graças de Deus. Como diria Paulo: Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor, porque embora que com meu entendimento eu sirvo a Lei de Deus e com a minha carne sirvo a Lei do pecado, Ele me ama do mesmo jeito, ele entende a minha fragilidade. Era difícil para eu entender como pode um Deus querer se relacionar comigo sendo eu tão falho. Hoje compreendo que o desejo de Deus de se relacionar com o ser humano é tão profundo que Ele resolveu resolver o problema enviando o seu filho para me favorecer com a graça. Não é a toa que o inferno inteiro odeia a raça humana. Vai entender porque de tanta benevolência? Miserável homem que sou, mas graças a Deus por Jesus Cristo!

“Pensava que quanto mais eu estudasse a bíblia mais eu caminharia por trilhas que me levariam ao encontro de um William espiritual, metafísico até, para não dizer místico, mas a cada dia que passa vejo que a bíblia tem me levado para o encontro de um William mais humano e muito longe de ser metafísico. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte ?”

Romanos 7:14-25
14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. 15 Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. 16 E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. 17 De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. 19 Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. 20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. 21 Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. 22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? 25 Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado. 
 
Créditos